O que é um serial Killer?
Tema central de A Casa Número 11, de Renato Ozz, o termo provoca dúvidas
Um assassino em série (também conhecido pelo nome em inglês, serial killer) é um tipo de criminoso de perfil psicopatológico que comete crimes com uma certa frequência, geralmente seguindo um modus operandi e às vezes deixando sua "assinatura", como por exemplo coleta da pele das vítimas - no caso de Ed Gein. Curiosamente, os Estados Unidos, com menos de 5% da população mundial, produziu 84% de todos os casos conhecidos de serial killers desde 1980.
Muitos dos que foram capturados aparentavam ser cidadãos
respeitáveis - atraentes, bem sucedidos, membros ativos da comunidade -
até que seus crimes foram descobertos. Geralmente os serial killers
demonstram três comportamentos durante a infância, conhecidos como a "Tríade MacDonald": urinam na cama (enurese noturna), causam incêndios, e são cruéis com animais.
A melhor definição de assassinato serial foi publicada pelo Instituto Nacional de Justiça em 1988:
"Uma série de dois ou mais assassinatos cometidos como eventos separados, normalmente, mas nem sempre, por um infrator atuando isolado. Os crimes podem ocorrer durante um período de tempo que varia desde horas até anos. Quase sempre o motivo é psicológico, e o comportamento do infrator e a evidência física observada nas cenas dos crimes refletiram nuanças sádicas e sexuais."
Existem basicamente dois tipos de serial killers: os do "tipo
organizado", sujeitos que normalmente exibem inteligência normal e
conseguem se inserir bem à sociedade,
são muito mais difíceis de serem pegos, visto que planejam seus crimes,
não costumam deixar provas e podem ter uma vida aparentemente normal
com esposa/marido,
filhos e emprego, muitas vezes de alto nível, podem chegar mesmo a
concluir nível superior. Já os "tipo desorganizados", são impulsivos,
não planejam seus atos, costumam usar objetos que encontram no local do
crime e muitas vezes os deixam para trás deixando muitas provas.
Outra classificação é a proposta por Blackburn (1998) que desenvolveu uma tipologia para os subtipos de psicopatas,
inclusive considerando o aspecto Anti-social como se tratasse de um dos
sintomas possíveis de estar presente em certos casos. Inicialmente ele
fez uma distinção entre dois tipos de psicopatas e ambos compartilhando
um alto grau de impulsividade: um Tipo Primário, caracterizado por uma
adequada socialização e uma total falta de perturbações emocionais, e um
Tipo Secundário, caracterizado pelo isolamento social e traços neuróticos.
Apesar de serem referências de um modelo patológico de agressão, a personalidade sociopática necrófila e/ou sádica, tal como diagnósticado por Fromm correspondem as características do ditador Adolf Hitler (1889 — 1945), detalhadamente analisado em seu livro (o.c.) e de outros personagens sabidamente cruéis feito o cangaceiro brasileiro, vulgo Lampião (1898 — 1938) e outros personagens históricos tipo os imperadores romanos Nero (54 - 68) e Calígula (37 - 41).
Observe-se, porém que a compreensão de cada personalidade deve ser
devidamente contextualizada política e sócioculturalmente antes de
tentativa de enquadramento num dignóstico psiquiátrico de psicopatia ou perversão.
Essa contextualização é o que permite diferenciar o matador contumaz e
lúcido, que na época e local ou grupo social, onde viveram são
considerados normais ou líderes, do serial killer isolado socialmente
não diferenciados por quantidades de mortes que produzem (não
considerando o efeito multiplicador da sua condição de líder) ou
natureza de sua agressividade sádica.
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