Você sabe o que é o Clube de Bilderberg?
Clube de Bilderberg um clube secreto que governa o mundo. Citado na obra Blindfolded, de J. Marins (Novo Século, 2012), o clube, de fato, existe e reúne personalidades, políticos, empresários, monarcas e militares anualmente
Criado há 53 anos, o Clube Bilderberg reúne anualmente, em caráter sigiloso, nomes influentes da política, da economia e da mídia do Ocidente para debater assuntos de interesse mundial. Seus defensores dizem que essas conferências são uma ocasião única para a busca de consenso, mas seus críticos afirmam que em tais encontros se trama o destino do mundo
É
tudo muito discreto: quem atende o telefone do Clube Bilderberg, em
Leiden, na Holanda, é uma impessoal voz feminina que, após repetir o
número, sugere que a pessoa deixe uma mensagem após o sinal. Alguém mais
desavisado poderia até pensar que ligou por engano para uma residência.
Mas o que está por trás do tal número de telefone vai muito além disso:
para muitos, o Clube Bilderberg é omaestro oculto da política e da
economia ocidental há mais de cinco décadas. Todo o segredo que cerca
suas atividades (nem portal na Internet ele tem) só contribui para essa
imagem.
Fundado em 1954 pelo príncipe Bernhard, da Holanda, pelo
primeiro-ministro belga Paul Van Zeeland, pelo conselheiro político
Joseph Retinger e pelo presidente da multinacional Unilever na época, o
holandês Paul Rijkens, o Clube Bilderberg é uma organização não-oficial
que nasceu supostamente para promover a "cooperação transatlântica" e
debater "assuntos relevantes em nível mundial" - o que, em plena Guerra
Fria, equivalia a discutir a ameaça comunista. O nome Bilderberg vem do
hotel holandês que abrigou a primeira reunião, em 1954. O sucesso desse
evento convenceu os seus organizadores a realizá-lo anualmente, em algum
país europeu, nos Estados Unidos ou no Canadá.
Atualmente, os encontros do Clube reúnem cerca de 120
personalidades européias e norte-americanas influentes na política, na
economia e na mídia. Eles ocorrem em hotéis sofisticados e
preferencialmente isolados, que são fechados por ocasião do evento.
Nesse período, um fortíssimo esquema de segurança, a cargo de
agentes norte-americanos e de vários outros países europeus, além da
polícia local, garante a privacidade dos participantes. A conferência
mais recente foi realizada no Ritz-Carlton de Istambul, na Turquia,
entre os dias 31 de maio e 3 de junho.
O COMITÊ organizador das conferências tem sido
bastante criterioso nas suas seleções de convidados, como se pode
constatar pelas listas disponíveis. O polêmico ex-secretário de Defesa
norte-americano Donald Rumsfeld era nome habitual nos encontros, assim
como Peter Sutherland (ex-diretor-geral da Organização Mundial do
Comércio, atual diretor-executivo da British Petroleum e da Goldman
Sachs International e membro do comitê organizador do Bilderberg), Paul
Wolfowitz (ex-subsecretário de Defesa do governo de George W. Bush e
ex-presidente do Banco Mundial) e Henry Kissinger (ex-secretário de
Estado norte-americano).
... Clã de seletos Na página oposta, o príncipe Bernhard, da Holanda, um dos fundadores do Clube Bilderberg. Ao lado, no sentido horário, alguns dos nomes que já o integraram ou que ainda fazem parte dele: a rainha Beatrix, da Holanda; o bilionário David Rockefeller; Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano; Donald Rumsfeld, ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos; e Javier Solana, ex-secretário-geral da Otan. |
Bill Clinton, Tony Blair, o ex-secretário- geral da Organização
do Tratado do Atlântico Norte (Otan) Javier Solana e os bilionários
David Rockefeller e Bill Gates também já integraram essa exclusiva
relação (veja no quadro alguns dos nomes convidados para a conferência
deste ano).
Ao reunir tanta riqueza e poder e zelar pela privacidade absoluta
em seus eventos (nenhum participante pode falar sobre o que viu e ouviu
nos encontros), o Clube Bilderberg se tornou prato cheio para as
teorias conspiratórias. Segundo elas, a organização manipula políticas
nacionais e eleições, provoca guerras e recessões e chega a ordenar
assassinatos e renúncias de líderes mundiais - como teria acontecido,
respectivamente, com o presidente norte-americano John Kennedy e a
primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.
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