O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, encontrou-se com o
ex-presidente de Cuba Fidel Castro neste sábado, 27, o que representa
uma indicação de que o novo líder venezuelano manterá as mesmas relações
próximas com o país comunista que o seu antecessor, Hugo Chávez, que
morreu no mês passado após uma batalha contra o câncer. "Nós estivemos
com Fidel por cinco horas, relembrando o gigante (Chávez)", disse
Maduro, em sua conta oficial no Twitter.
Antes de embarcar para Havana, Maduro disse que a visita oficial à
Cuba visava a criação de uma aliança estratégica que o presidente
venezuelano definiu como uma "nova fase" da cooperação entre os dois
países, em áreas como educação e saúde. Chávez era um aliado muito
próximo de Cuba e amigo pessoal de Fidel Castro, que por problemas de
saúde abriu mão da presidência de Cuba para dar lugar ao seu irmão, Raúl
castro.
Maduro tomou posse oficialmente no dia 19 de abril, depois de uma
estreita vitória sobre o candidato da oposição Henrique Capriles em uma
eleição organizada rapidamente após a morte de Chávez, que liderou a
Venezuela por mais de 14 anos. Capriles disse que fraudes comprometeram o
resultado das eleições e pediu a recontagem dos votos, mas as
autoridades eleitorais resistiram a uma ampla avaliação dos votos.
As mensagens de Maduro pelo Twitter de Maduro incluíam uma foto na
qual ele aparecia em um carro com Fidel, de 86 anos, saudando apoiadores
do outro lado da rua. O presidente disse que Castro visitou alguns
venezuelanos com sérios problemas de saúde que recebem tratamento com
médicos cubanos em Havana.
A Venezuela, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, envia
cerca de 130 mil barris por dia para Cuba. Como parte do retorno, o
regime de Havana fornece dezenas de milhares de médicos, enfermeiras e
outros profissionais da área para programas de saúde socialistas do país
latino-americano.
A visita de Maduro à Cuba foi a sua segunda viagem ao exterior desde
que foi eleito, no dia 14 de abril. Na semana passada, ele voou até o
Peru para encontrar outros líderes da América do Sul, onde assegurou o
apoio nas eleições apesar das reclamações de fraude eleitoral por parte
da oposição do país. As informações são da Dow Jones.
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