Irã deve executar mulher por matar homem que teria tentado estuprá-la
Uma iraniana condenada por assassinar um homem que ela acusou de tentar estuprá-la deve ser executada nesta terça-feira segundo sua família. ONGs afirmam que o caso nunca foi devidamente investigado e que sua confissão foi forçada.
Reyhaneh Jabbari, de 26 anos, foi presa em 2007 pelo assassinato de Morteza Abdolali Sarbandi, um ex-funcionário do Ministério da Inteligência iraniano. Reyhaneh afirma que Sarbandi tentou estuprá-la e que ela reagiu, esfaqueando-o, mas que não o assassinou: ele teria sido morto por outro homem.
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Ela foi condenada à morte em um tribunal em Teerã em 2009, e perdeu um recurso na Corte Suprema. Mesmo uma petição internacional com 190 mil assinaturas não conseguiu reverter o veredicto.
Na segunda-feira, a mãe de Reyhaneh foi contactada pela penitenciária de Evin para "retirar o corpo" na quarta-feira, informou a Anistia Internacional. Num post no Facebook, a mãe contou sobre a última ligação da filha:
"Estou algemada e um carro me espera para me levar para a execução. Adeus, querida mãe. Todo o meu sofrimento terminará amanhã cedo."
Vice-diretor da Anistia Internacional para Oriente Médio e Norte da África, Hassiba Hadj Sahraoui pede que a execução seja suspensa:
"Essa execução abominável não deve ser permitida, particularmente quando há sérias dúvidas sobre as circunstâncias do assassinato".
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