J. Marins: Coluna de Juvêncio Marins: Alienígenas no passado humano
Por J. Marins[i]
A história necessita ser revisada.
Autores há, aos montes, que anunciam diariamente novas descobertas sobre
o passado humano e os primórdios da Terra. Viajar para o infinito espaço
sideral não é mais sonho. É real. E ele precisa ser revisto, sob novas óticas.
O espaço que devemos revisar é também o de nossa mente. Necessitamos de
uma perseverante dedicação para continuar procurando novas pistas que, cedo ou
tarde, permitirão abrir outras portas em direção ao mistério, embora intuamos
que jamais se tratará da “porta final”.
Enquanto isso, a missão de divulgar o que sabemos a respeito do assunto
é imprescindível.
Equivocam-se os que consideram que o público não está preparado para se
inteirar da verdade. Os povos, em algum momento, despertam e exigem estar a par
dos fatos, com justa razão e motivo. Os que na realidade têm o poder que maneja
os governos há tempos calaram muitos e valiosos difusores do fenômeno OVNI em
reiteradas oportunidades, sustentando que se pode produzir um pânico coletivo;
no entanto, lembremos que o homem teme o desconhecido. Se, portanto, nos
encarregamos de divulgar o pouco ou o muito que se sabe sobre a questão, isso
será um passo adiante em prol da compreensão e coerência da problemática que
nos ocupa.
Penso, como estudioso e pesquisador, existirem boas razões para
suspeitar que exista algo desconhecido que trata de dissuadir, e inclusive de
fazer “desaparecer”, os pesquisadores da questão. Poderia citar o “suicídio” do
professor James McDonald ou o de Morris Jessup, ou o câncer súbito que causou o
rápido desaparecimento de Richard Turner[1].
Estamos diante de um tema que vai muitíssimo além da simples observação
de um objeto não identificado ou da apreciação de um artefato descoberto nas
colinas do mar Morto.
O fenômeno dos OVNIs e das presenças extra-humanas na Terra ficará
totalmente revelado no dia em que os alienígenas voltarem a se comunicar
periodicamente conosco, os humanos, como já o fizeram em datas bastante
longínquas. Talvez quando a humanidade estiver viajando a caminho das estrelas.
Nossa posição está sustentada concretamente.
Do contrário, teríamos dado um enorme passo pra trás e estaríamos na
mesma situação dos dias em que o mais conveniente para Galileu foi abjurar para
que não lhe ocorresse o que aconteceu com Giordano Bruno, que conheceu a dor
que os mais ferozes instrumentos de tortura provocam, e, finalmente, foi levado
à fogueira, luzindo uma mordaça metálica que atravessava sua língua,
impedindo-o de pronunciar sequer uma palavra.
Atualmente, já não se usam fogueiras. Há outros métodos sutis – ou nem
tanto, de fazer calar, desacreditar ou retirar subsídios, para impedir que se
diga à população que os extraterrestres foram, no mínimo, mestres em tempos
passados. Eles ensinaram ao homem muitas coisas, muitas regras. Recordemos, por
exemplo, a crença do povo asteca de que foi um deus chegado do céu quem lhe
ensinou a cultivar o milho, para que sempre tivesse alimento.
O que aconteceu mais tarde?
A decadência daquelas florescentes civilizações (egípcia, assíria,
babilônica, maia, asteca, inca) coincide, segundo a opinião corrente entre os
estudiosos do tema, com o momento em que os visitantes do espaço voltaram a seu
lugar de origem.
E, torno a perguntar, o que aconteceu? Por que essa repentina mudança?
Eles consideraram, por acaso, que era hora de nos deixar agir segundo nosso
critério? Ou será que, com o espírito sempre belicoso que nos anima, cometemos
imprudentes erros e falhamos constantemente?
Parece que eles, os alienígenas, os mestres, não têm intenção de
retornar o contato, digamos, oficialmente com os humanos. Talvez. Não
escancaradamente ainda. Mas, eles farão contatos, como fazem constantemente em
todos os continentes. E chegará o dia em que todos se perguntarão: “como será
quando eles estiverem aqui, face a face, com todos nós?”.
Os que afirmam ser amigos ou contatados de ganimedianos, jovianos,
marcianos, umitas, astrais ou seres de Sírio – a grande constelação do Cão
Maior, sob nossa óptica, merecem ser vistos com alguma reserva.
Não sei bem explicar meu sentimento quanto a isso, quanto a tais
contatados[Rvs1] ,
que esperam e declaram que seus comunicadores preparam um plano de salvação,
algo como uma nova Arca de Noé, para onde será levada, ao espaço, uma certa
quantidade de pessoas, quando a Terra sofrer seu cataclismo final. Mas, como
filho de ex-combatente e descendente de pessoas que sofreram os horrores
praticados durante a Segunda Guerra Mundial pelos nazistas, desconfio, e com
razão, naturalmente, de intenções dessa natureza.
Na verdade, estamos envoltos numa espessa teia de aranha, cujos fios
estão firmemente aferrados aos setores ou terrenos mais inesperados.
Provavelmente, o melhor dos romances jamais teria podido enredar
tamanhas intrigas e questões tão delicadas.
[i] J.
Marins, pseudônimo de Juvêncio Marins de Oliveira, é escritor, jornalista, professor e juiz federal. Autor de Cinco Contistas da Bahia, Contos que a Bahia conta, O Dia do Palíndromo, Blindfolded e A Regra´. Em A Regra, o tema abordado foi a ficção com temática alienígena, com lançamento ocorrido durante a Bienal do livro em São Paulo no ano de 2014. Cronista em jornais, é editor de revistas e blogs de cultura, assuntos gerais e literatura. Vencedor de vários prêmios literários, Juvêncio recebeu comendas e medalhas como as Medalhas de Mérito Literário, Medalha das Letras Jurídicas e Medalha Mentes Verdes. www.portaljmarins.com.
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