Coalizão ataca cidade de Kadafi e Trípoli; Otan assume comando

Testemunhas em Sirte, cidade natal do líder líbio Muammar Kadhafi, e na capital Trípoli, disseram ter ouvido pelo menos dez explosões na noite deste domingo (27). Pelo menos seis explosões foram ouvidas também em Trípoli. A televisão local disse se tratar de bombardeios das forças ocidentais. "Áreas civis e militares em Trípoli foram atingidas há pouco pelos cruzados, agressores colonialistas", transmitiu a emissora. As explosões foram seguidas por tiros antiaéreos.

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Sirte é estrategicamente importante porque o aeroporto civil, ao sul da cidade, também aparenta ser uma grande base aérea militar. Imagens de satélite mostram que há cerca de 50 galpões de concreto armado, do tipo normalmente utilizado para guardar caças.

No sábado, o regime de Kadafi reconheceu que os ataques militares aéreos contra seu regime forçaram suas tropas a recuarem e acusou as forças internacionais de estarem escolhendo um lado. "Esse é o objetivo da coalizão agora, não é proteger a população porque agora eles estão lutando diretamente contra as forças armadas", acusou o ministro do Exterior Kaled Kaim na capital Tripoli. "Eles estão tentando empurrar o país para uma guerra civil."

Otan
O órgão de tomada de decisões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidiu neste domingo assumir as operações militares na Líbia contra as forças leais ao ditador Muamar Kadafi, que atualmente são lideradas pelos EUA.

"A Otan decidiu hoje executar todos os aspectos da Resolução 1973 das Nações Unidas para proteger a população nas áreas ameaçadas de ataque pelo regime de Kadafi

Obama
A reviravolta no avanço dos rebeldes significa um alívio para o presidente Barack Obama, que enfrentou reclamações das autoridades dos dois partidos nos EUA por não ter esclarecido totalmente o papel dos EUA e sua estratégia e objetivos no conflito na Líbia.

Obama deve falar à nação nesta segunda-feira, e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Rodham Clinton, defendeu no domingo a decisão do governo. A Líbia, disse ela à rede de TV norte-americana, CBS, tem um líder que usou a força militar contra os manifestantes de um lado a outro do país, que publicamente diz coisas como "não teremos piedade", "entraremos em casa por casa", e a comunidade internacional se moveu com grande rapidez em parte porque existe uma história nesse cenário.

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