Lavar as mãos nos deixa mais moralistas


Não fumo, não bebo, não...

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Sabe aquela história de “lavou, tá novo”? Um estudo de pesquisadores do Canadá e do Reino Unido observou que, quando estamos fisicamente limpos, nos sentimos também “moralmente limpos”. E, assim, ficamos mais propensos a agir “corretamente” – e também a julgar as atitudes alheias com mais severidade.

Em um dos testes realizados, 58 calouros da Universidade de Northwestern (EUA) foram convidados a entrar em um laboratório cheio de equipamento novo. Metade deles teve que limpar as mãos com um lenço antisséptico antes, enquanto o resto entrou direto. Após a visita, os dois grupos, já reunidos, tiveram que julgar o “nível de moralidade” (o quanto consideravam as ações corretas ou não) de alguns tópicos – como fumo, pornografia e traição – numa escala de “totalmente moral” (por exemplo, “falar palavrão é ok”) a “muito, muuuito imoral” (“vou lavar a sua boca com sabão!”).

E o resultado? “Os participantes que limparam as mãos antes do teste julgaram os tópicos como mais ‘imorais’ do que aqueles que não usaram o lenço antisséptico”, diz o estudo.

Em outro experimento, ler um trecho de texto com afirmações de limpeza (“Meu cabelo está limpo e leve. Meu hálito está fresco. Minhas roupas parecem novas…”) também deixou os voluntários mais “moralistas” na hora de opinar sobre questões sociais.

“Atos de limpeza não apenas têm o potencial de deslocar o nosso pêndulo moral para um lado mais virtuoso, mas também de dar vazão a julgamentos morais mais duros em relação aos outros”, concluem os pesquisadores.

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