As 11 descobertas recentes mais importantes da astronomia
No início de agosto de 2012, a Sonda Curiosity da NASA pousou em Marte após uma viagem de oito meses. E a agência espacial já anunciou que pretende mandar mais uma sonda para explorar o planeta vermelho
em 2016. O pouso da sonda foi um grande passo para a história da
astronomia e da humanidade, mas não foi o único fato importante na
história recente da ciência. Veja outras 11 descobertas incríveis:
11. Descoberta: Sol é o objeto natural mais redondo do Universo
Uma pesquisa publicada na revista Science em 2012 mostrou que a
variação na forma do Sol é bem menor do que os cientistas supunham. Eles
analisaram imagens obtidas pelo Solar Dynamics Observatory da Nasa e
concluíram que o Sol é o objeto natural mais redondo conhecido.
A descoberta quebrou uma crença antiga de que a forma do Sol mudava
de acordo com os ciclos solares. Isso está ajudando os pesquisadores a
entender melhor o comportamento do Sol e a sua dinâmica com os planetas.
10. Descoberta: Mais uma Lua orbitando Plutão
O planeta anão agora tem quatro luas conhecidas: Hydra, Nix, Charon e
P4. A maior delas é Charon, que foi descoberta em 1978. Somente em
2005, o Telescópio Espacial Hubble descobriu Nix e Hydra. Mas, a mais
surpreendente descoberta ocorreu em 2011, quando o telescópio fotografou
o que está sendo chamado temporariamente de P4: uma lua com um diâmetro
de até 34km.
Foi uma tremenda façanha para o Hubble. Afinal, ele conseguiu
capturar uma imagem de algo muito pequeno, em uma distância de cerca de
4,8 bilhões de quilômetros da Terra. Não é pouca coisa. E a descoberta
também ajudou a levantar a moral de Plutão, que andava baixa desde que
ele foi rebaixado a planeta anão em 2006.
9. Descoberta: Enormes bolhas magnéticas no espaço
As duas sondas espaciais Voyager da Nasa encontraram bolhas
magnéticas na região do Sistema Solar conhecida como Heliosheath, que
fica a cerca de 14,5 bilhões de quilômetros da Terra.
Nos anos 1950, os cientistas acreditavam que essa região do espaço
era relativamente calma. Porém, quando a Voyager 1 e a Voyager 2
entraram na Heliosheath, respectivamente em 2007 e 2008, elas
detectaram uma turbulência gerada pelo campo magnético do Sol. Esse
campo seria o responsável por criar as bolhas magnéticas de até cerca de
161 milhões de quilômetros de largura.
8. Descoberta: Estrelas também podem ter caudas
Em 2007, o telescópio espacial GALEX (Galaxy Evolution Explorer)
escaneou a Mira A, uma estrela gigante vermelha, como parte de uma
operação para escanear todo o céu em luz ultravioleta.
A surpresa veio quando os astronômos
identificaram uma cauda como a de um cometa formando um rastro da Mira
A. E isso porque a estrela está se movendo pelo Universo em uma
velocidade impressionante, cerca de 468.319 km/h. Até então, se pensava que estrelas não podiam ter caudas.
7. Descoberta: Água na Lua
O satélite da Nasa LCROSS (Lunar Crater Observing and Sensing
Satellite) foi desenvolvido para se fixar na Lua e colher informações.
Para completar a missão, outro satélite menor o acompanhava para medir a
constituição química dos materiais colhidos pela sonda maior. Em
outubro de 2009, o LCROSS encontrou pequenas moléculas de água em uma
cratera fria e permanentemente escura do pólo sul da Lua.
Depois de um ano de análises, a Agência Espacial Americana
confirmou que a missão realmente havia encontrado água congelada no chão
da cratera. Depois, 3 naves espaciais diferentes enviaram dados que
indicam que algumas áreas do solo da Lua são revestidas por uma fina
película de água. Não é preciso explicar por que isso é um baita avanço,
né?
6. Descoberta: Eris, mais um planeta anão
Em janeiro de 2005, cientistas descobriram Eris, que fica localizado
além da órbita de Plutão e tem aproximadamente o mesmo tamanho que esse
planeta anão. Também foi descoberto que Eris tem sua própria lua,
chamada de Dysnomia. Os dois são os objetos naturais mais distantes
conhecidos no Sistema Solar.
A descoberta de Eris lançou o debate entre os cientistas sobre a
definição do que realmente podia ser chamado de planeta: inicialmente,
ele foi cotado para ser o 10º planeta do Sistema Solar. Mas acabou na
lista dos planetas anões, assim como Plutão.
5. Descoberta: Evidências de água em Marte
Em 2011, a Agência Espacial Americana divulgou uma sequência de fotos
e uma declaração dizendo que tinha evidências de que pode existir água
corrente em Marte. Nas fotos era possível ver o que parece ser um
líquido escorrendo pela paisagem rochosa do planeta e marcas desse fluxo
nas rochas. Os cientistas acreditam que as marcas do fluxo sejam
formadas por água salgada, que se aquece durante os meses de verão do
planeta apenas o suficiente para derreter e “saltar” pela superfície.
Sinais de que Marte teria água corrente já tinham sido vistos antes,
mas essa foi a primeira vez que essas marcas puderam ser observadas
durante um curto período de tempo.
4. Descoberta: Uma das luas de Saturno exala vapor de água
Em julho de 2004, a sonda Cassini começou a orbitar Saturno. Por
causa das missões anteriores do Voyager, uma das prioridades da missão
de Cassini era investigar a 6ª maior lua do planeta, chamada de
Enceladus. Depois de diversos voos em 2005, foram descobertos vapor de
água e complexos hidrocarbonetos exalando de uma região geologicamente
ativa da lua.
A descoberta empolgou tanto os cientistas da Nasa que, em maio de
2011, eles afirmaram que a Enceladus “está emergindo como o local mais
habitável além da Terra no Sistema Solar para a vida como conhecemos”.
3. Descoberta: “Fluxo escuro”
Descoberto em 2008, o “fluxo escuro”, como está sendo chamado pelos
astrônomos, é mais um mistério do que uma resposta. Pedaços de matéria
no universo parecem estar se movendo em altas velocidades e em uma
direção uniforme que não pode ser explicada por nenhuma das forças
gravitacionais conhecidas.
Alguns cientistas estão dizendo que o “fluxo escuro” pode ser causado
por outro universo pressionando o nosso. Já outros nem acreditam na
existência do fluxo. O fato é que ainda não dá pra dizer qual a real
importância dessa descoberta, mas é bom ficar de olho.
2. Descoberta: Planetas fora do Sistema Solar
Os primeiros planetas localizados fora do Sistema Solar foram
descobertos em 1992. Vinte anos depois, em fevereiro de 2012, a missão
Kepler da Nasa identificou mais 2.321 candidatos a novos planetas fora
de nosso sistema.
Em maio de 2012, a lista desses planetas já acumulava 770
confirmados. Essa conta inclui 614 planetas em sistemas planetários e
mais 104 planetas em sistemas planetários múltiplos. E, embora os
números sejam baixos, isso só mostra que estamos avançando no
conhecimento do Universo.
1. Descoberta: Primeiro planeta em zona habitável
Em dezembro de 2011, a Agência Espacial Americana confirmou a
descoberta do primeiro planeta localizado na zona habitável de uma
estrela parecida com o Sol. O planeta está sendo chamado de Kepler-22b e
tem cerca de 2,5 vezes o tamanho do raio da Terra. Cientistas
estão incertos quanto à composição do planeta, mas a descoberta foi um
passo a mais na busca por um planeta gêmeo da Terra.
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