O que houve com o chinês que desafiou o tanque em Pequim?
Como diria a dupla sertaneja Gino & Geno, “ninguém sabe, ninguém viu“. O homem (estudante ou trabalhador ou jovem – não sabe) que parou uma coluna de tanques do exército chinês em 5 de junho de 1989 e proporcinou um dos momentos mais icônicos e uma das imagens mais manjadas do mundo (imagine o Sérgio Chapelin apresentando a Retrospectiva Século 20. Talá) jamais foi formalmente identificado.
Quase um ano após o protesto na Praça da Paz Celestial, em Pequim, a agência de notícias Associated Press especulou o destino do homem. Segundo as fontes da AP, havia grandes chances do rebelde ter sido preso e executado logo após o momento histórico. Pois é, a história não teria durado muito.
Na mesma época, o jornal britânico Sunday Express alegava ter identificado o homem como Wang Weilin, um estudante de 19 anos. Mas a versão nunca foi confirmada, e documentos oficiais obtidos pela organização Information Centre for Human Rights and Democracy, de Hong Kong, comprovariam que o governo chinês nunca teria conseguido identificar o homem – tudo isso de acordo com outra reportagem, essa do londrino The Times, publicada em 2009.
É um diz-que-me-diz danado e, desde então, o militante passou a ser conhecido mais como Rebelde Desconhecido ou “Tank Man”. Em 2006, o mesmo Sunday Express publicou uma reportagem afirmando que Wang Weilin vive em Taiwan, trabalhando como arqueólogo. Porém, como nunca foi confirmado que Wang Weilin é o Tank Man, a reportagem não ganhou repercussão. Ou seja, ele pode estar na ilha de Lost, parado em frente ao monstro de fumaça – repetindo o feito histórico de 1989.
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