Você concorda? CCJ aprova proposta de cota para parlamentar negro
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados
aprovou nesta quarta-feira, 30, o parecer do deputado Luiz Couto (PT-PB)
referente à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reserva vagas a
parlamentares de origem negra. De acordo com a proposta do deputado
petista Luiz Alberto (BA), a cota valerá para a Câmara dos Deputados,
Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa do Distrito Federal por
cinco legislaturas a partir da promulgação da emenda, prorrogáveis por
até mais cinco legislaturas. A proposta ainda passará por uma Comissão
Especial antes de ir à votação em dois turnos no plenário da Casa.
O texto da PEC 116, de 2011, determina que o eleitor destine, além do
voto às demais vagas, um voto específico para o preenchimento da cota. O
critério para a candidatura é o da autodeclaração.
O porcentual das vagas dos deputados oriundos da população negra deve
corresponder a dois terços do porcentual de pessoas que tenham se
declarado negras ou pardas no último censo demográfico. O número de
vagas não poderá ser menor que um quinto ou superior a metade do total
de vagas disponíveis no Parlamento.
"O que se propõe aqui é dar um choque de democracia nas casas
legislativas e que esse choque recaia justamente sobre a questão
decisiva em todas as discussões histórica e teoricamente mais relevantes
sobre a democracia no Brasil, que é a das relações entre equidade
racial e equidade social, econômica, cultural e política", diz a
justificativa da proposta.
Vítimas de violência
A CCJ também aprovou a admissibilidade da proposta que oferece um
salário mínimo mensal para vítimas de violência, desde que elas
comprovem falta de recursos. O benefício já é garantido atualmente a
deficientes e idosos.
De acordo com o texto, terão direito ao benefício parentes de pessoas
que morrerem em ações violentas (cônjuges, filhos e dependentes
financeiros) ou vítimas que tiverem alguma lesão incapacitante
permanente.
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