Prefeitura de SP terá cota de 20% para negros
Uma lei publicada nesta terça-feira, 24, no Diário Oficial
da Cidade de São Paulo estabelece que 20% das vagas em cargos efetivos e
comissionados do serviço público municipal sejam destinados a pessoas
negras. O decreto é assinado pelo prefeito Fernando Haddad (PT). A lei
prevê que "todos os órgãos da administração pública direta e indireta do
município de São Paulo ficam obrigados a disponibilizar em seus quadros
de cargos em comissão e efetivos o limite mínimo de 20% das vagas e/ou
cargos públicos para negros, negras ou afrodescendentes".
Ainda
de acordo com texto, que foi aprovado em novembro na Câmara Municipal,
"consideram-se negros, negras ou afrodescendentes as pessoas que se
enquadram como pretos, pardos ou denominação equivalente, conforme
estabelecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), ou seja, será considerada a autodeclaração".
De
acordo com a publicação, as novas regras também se aplicam a vagas de
estágio profissional no âmbito da Prefeitura. Também "será garantida a
equidade de gênero para composição das ocupações a que se refere a
presente lei". Caso não haja o preenchimento do porcentual mínimo para
negros, "as vagas remanescentes serão distribuídas aos demais
candidatos". O poder executivo tem 90 dias para regulamentar a lei, que
partiu de um projeto apresentado pela bancada do PT na Câmara Municipal.
Outras esferas
O
governador Geraldo Alckmin (PSDB) já havia anunciado, no início do mês,
a reserva de 35% das vagas na administração direta e indireta (empresas
públicas) para negros e indígenas. Em novembro, a presidente Dilma
Rousseff encaminhou ao Congresso Nacional um projeto para destinar um
quinto das vagas em concursos públicos federais para a população negra.
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