Nova ‘galinha dos ovos de ouro’: o eucalipto




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Dizem que dinheiro não dá em árvore. Mas pesquisadores da Earth Science and Resource Evaluation (CSIRO), na Austrália, provam que isso é possível sim! E revelaram essa descoberta em estudo publicado na Nature Communications, jornal online dedicado à divulgação de pesquisas científicas: partículas de ouro foram encontradas em folhas da árvore de eucalipto no oeste do país.
O documento indica que eucaliptos com raízes grandes – que podem chegar a 40 metros de profundidade – ‘roubam’ ouro das jazidas de minério e as armazenam em suas folhagens. “O eucalipto atua como uma bomba hidráulica – suas raízes estendem dezenas de metros no solo e sugam a água que contém ouro. Como o metal é tóxico para a planta, a substância é expelida para folhas e ramos”, diz a pesquisa.
No entanto, começar uma coleção de folhas de eucalipto não é uma boa ideia! A concentração do minério é muito baixa: 46 partes por bilhão – ou seja, menos que 0.000005% do peso de cada folha. Para se fazer um anel de ouro seriam necessárias 500 árvores.
A verdadeira utilidade da descoberta não está na riqueza que pode vir dessa exploração, mas, sim, no fato de que ajudará mineradores a encontrar depósitos inexplorados ao atingir sedimentos de mais de 60 milhões de anos. Esse método promete ser mais barato e ecológico.
Para descobrir essa “galinha dos ovos de ouro”, os pesquisadores, liderados por Melvyn Lintern, compararam as folhas de eucalipto das proximidades de garimpos australianos com folhas da mesma espécie criadas em estufa. No laboratório, metade cresceu com o solo dosado com partículas de ouro, enquanto a outra metade dispôs de solo natural. A comparação – assim como as conclusões aqui noticiadas – está esmiuçada no documento publicado.
“Apesar da queda nas descobertas, da queda dos graus de minério e do aumento da demanda (por ouro), novas tecnologias de exploração de depósitos, incorporando a capacidade de penetração profunda de certas árvores, foram raramente reportados”, revela o estudo.
Daqui pra frente, vale ficar de olho nas árvores de eucalipto que encontrar pelo caminho. Quem sabe você “dá sorte”…

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