Tatuagem Eletrônica: primeiro passo para implantação de chips em humanos?




O Google, no processo de venda da Motorola à empresa chinesa Lenovo, não incluiu uma importante área de pesquisa existente na Motorola, mais concretamente a ATAP (Advanced Technology and Projects), uma área visionária de pesquisa e projectos inovadores.

Esse grupo está identificado em relatórios recentes, como sendo responsável pelos mais populares e “inovadores” projectos que a Google apresentou recentemente. Um desses exemplos é o Projecto ARA. Mas há mais, por exemplo o comprimido que gera uma palavra-passe quando é engolido pelo utilizador, a que eles chamam de “Vitamin authentication pill”… é rebuscado, sim, mas é interessante o conceito. E que mais haverá?
Existem muitos outros projectos fantásticos pois este departamento da Motorola é uma incubadora de grandes ideias. Outro exemplo fantástico são as Tatuagens electrónicas. Não se espante, é mesmo isso que leu, pode ter a certeza que tatuar irá ter um “meio” electrónico para comunicar.

Este assunto pode ser um tanto futurista, para lá do viável, mas faz sentido. A pessoa pode transportar consigo o acesso ao tal “código” pessoal e intransmissível. Provavelmente é um assunto que em breve será abordado de forma muito séria como sendo a alternativa a tudo o que conhecemos, para termos sempre a chave de segurança. É um facto que estaremos a pouco mais que 5 anos desta realidade.


 
Não se trata de uma tatuagem tal como as conhecemos: não há agulhas, não há tinta ou um qualquer piercing na nossa pele. A razão pela qual lhe deram o nome de “tatuagem” é que a aplicação que criaram se assemelha àquelas tatuagens falsas que colocávamos em criança que normalmente vinham nas pastilhas elásticas… lembram-se?

Isto porque essas tatuagens vinham numa película de plástico e colocando as mesmas na pele, pressionando, era transferida para a pele a imagem, uma tinta de borracha que estava sobre a nossa pele, as mais modernas eram pequenos fios de silicone.

O conceito por detrás das tatuagens electrónicas é simples. A ideia é criar um dispositivo electrónico, usualmente envolvendo sensores, que seja fino como uma folha de papel e flexível como um penso-rápido que se cole à nossa pele. O segredo deste dispositivo são os componentes electrónicos flexíveis e o cerne da questão é esta inovação passar a fazer parte do nosso corpo de uma forma não invasiva, indolor e barata.


A nanotecnologia permite um sem número de sensores flexíveis.

Adicionalmente aos sensores, o pacote electrónico terá a capacidade de transmitir sem-fios, o que permite não só uma interacção directa com o sensor mas também o controlo remoto de smartphones ou de computadores.


Mas porque aparecem agora as Tatuagens electrónicas?

Quase todos os grandes saltos tecnológicos são antecedidos pelo aparecimento de materiais revolucionários. Por exemplo, a revolução nos computadores deveu-se à revolução dos semicondutores, incluindo o silício, que vieram substituir as válvulas termiónicas o que trouxe a este mundo a existência da Lei de Moore, definindo que o número de transístores em circuitos integrados duplica a cada dois anos.


Novos componentes permitem um desenvolvimento rápido de alta tecnologia.

A revolução da tatuagem electrónica está a chegar porque o desenvolvimento de dispositivos electrónicos está numa escala nano e altamente flexível. De facto, o desenvolvimento da electrónica flexível está a acontecer há décadas. Grande parte dos consumíveis electrónicos, desde telefones às câmaras digitais, contêm circuitos que são flexíveis permitindo que se possam dobrar e arrumar para ocuparem pouco espaço. Mas, nestes últimos anos, apareceram circuitos que se podem dobrar, enrolar, esticar e mais importante que possam ser repetidamente dobrados sem que avariem.

Para que servem as tatuagens electrónicas?

O cientista John Rogers e a sua empresa MC10, desenvolveram circuitos electrónicos flexíveis que se fixam directamente sobre a pele como tatuagens temporárias para monitorizar a saúde de um utente. Chamaram-lhe Biostamp e são constituídos por uma “malha electrónica fina” que, tal como vimos anteriormente, se fixa à pele e mede a temperatura, hidratação e tensão arterial.

Rogers sugere que os seus dispositivos “epidérmicos electrónicos” poderiam ser desenvolvidos em grande massa para uso na saúde, permitindo uma monitorização dos pacientes sem os ter amarrados a “grandes máquinas”.

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