Jornada mais sangrenta em Gaza desde 8 de julho deixa pelo menos 100 mortos


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Gaza, 29 jul (EFE).- Pelo menos 100 palestinos morreram desde meia-noite, no dia mais sangrento da atual ofensiva contra a Faixa de Gaza, após Israel intensificar seus ataques aéreos e terrestres contra o território.
O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al Qedra, explicou em um comunicado que os ataques por terra, mar e ar aumentaram nesta terça-feira e deixaram 100 mortos e pelo menos 500 feridos.
"Desde o início da operação israelense em Gaza, pelo menos 1.230 palestinos morreram e 6.700 ficaram feridos, dois terços civis, incluídas mulheres e crianças", afirmou o porta-voz palestino.
Segundo Qedra, as forças armadas israelenses "atacaram casas, edifícios, centros de imprensa, descampados, mesquitas e fazendas".
Testemunhas e forças de segurança palestinas relataram que os piores bombardeios ocorreram contra várias casas no campo de refugiados de Al-Bureij, na região central de Gaza, onde 17 pessoas morreram.
O prefeito da localidade, Anis Abu Shamalah, morreu no ataque, assim como vários menores e mulheres.
A polícia palestina disse que a casa de Ismail Haniyeh, antigo primeiro-ministro do Hamas e vice-presidente do movimento islâmico, foi completamente destruída durante um bombardeio sobre um campo de refugiados no oeste da cidade de Gaza.
Sedes de meios de comunicação relacionados ao Hamas, como a emissora al-Aqsa e escritórios de agências de notícias, foram derrubados, assim como várias mesquitas.
A agência elétrica da região informou que cerca de 90% da população, aproximadamente US$ 1,8 milhão de pessoas, permanecem sem eletricidade desde meia-noite, após os aviões de guerra israelenses terem atingido os tanques de combustível da única usina de Gaza.
Mohammed Al-Sherif, diretor da central, notificou em um comunicado que dois mísseis terra-ar atingiram os tanques da estação às 7h locais (1h de Brasília), reduzindo-os a cinzas, enquanto o fogo destruiu a turbina principal, que gera eletricidade.
"Com a destruição da usina elétrica e os danos causados em nove linhas de fornecimento que chegam de Israel, há uma grande escassez de energia e cerca de 90% da população sofre um blecaute", lamentou. EFE

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