Quando cachorros paraquedistas desembarcaram na Normandia
Em 1943, o primeiro ministro britânico Winston Churchill e o
presidente americano Franklin D. Roosevelt se reuniram para planejar a
invasão do continente europeu, então ocupado pelos alemães. Um dos
regimentos britânicos que participariam da operação elaborada naquela
reunião trazia uma característica então inusitada: três cachorros
estavam alistados.
Bing, Monty e Ranee – os “cães-soldados” – receberam adestramento
para localizar minas e explosivos, realizar trabalho de vigilância e
atuar como mensageiros. Além disso, receberam um treinamento específico
para saltar de paraquedas.
Na primeira parte do treinamento, os cachorros se sentavam durante
horas em cabines de aviões. O objetivo era que eles se acostumassem ao
ruído dos motores. A segunda fase era mais complicada: deviam perder o
medo de saltar. Para isso, o adestrador deixava os cães sem comida e
subia no avião com um pedaço de carne. Quando chegavam à altura
desejada, os instrutores saltavam com o filé. Os cães, famintos, pulavam
atrás. Em terra, recebiam o prêmio pela coragem. Salto a salto,
perderam o medo e já estavam preparados para a batalha.
No dia 6 de junho de 1944 – o famoso Dia D – três aviões saíram com
20 paraquedistas e um cachorro cada. Porém, os aviões recebiam grandes
sacudidas por causa das explosões nas regiões em volta. Monty e Ranee
mantiveram a calma, mas Bing ficou muito nervoso, latindo e se
escondendo embaixo de um assento. O salto foi pior. Bing se enganchou em
uma árvore e foi ferido, mas pode ser resgatado. Monty ficou gravemente
ferido e Ranee desapareceu.
Apesar de ferido, Bing realizou seu trabalho detectando minas e
salvou seus companheiros de uma emboscada em um segundo salto, na
Operação Varsity. Como recompensa, recebeu a Medalha Dickin, a
condecoração do governo britânico a animais durante conflitos.
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