Estudo prevê morte de viajantes a Marte a partir do 68º dia de missão
Os
corajosos pioneiros dispostos a embarcar em uma missão a Marte,
prevista pela empresa holandesa Mars One, começarão a morrer no 68º dia
de missão, alerta um rigoroso estudo científico divulgado nesta
terça-feira.
Cinco estudantes de aeronáutica do prestigioso
Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês)
chegaram a esta conclusão, após ter analisado os dados científicos
disponíveis sobre a missão, que a empresa pretende transformar em um
'reality show'.
Segundo o informe de 35 páginas, que analisa com
gráficos e fórmulas matemáticas recursos como oxigênio, nutrientes e
tecnologias disponíveis para o projeto, a morte do primeiro pioneiro
"ocorrerá aproximadamente aos 68 dias de missão, por asfixia".
As
plantas, que teoricamente devem alimentar os colonos, produzirão
oxigênio demais e a tecnologia para equilibrar a atmosfera "ainda não
foi desenvolvida", afirmam os autores do estudo.
Além disso, os
colonos dependerão do envio de peças de reposição em uma missão que
poderá custar US$ 4,5 bilhões, uma cifra que, segundo os autores do
informe, aumentará com o envio de outros equipamentos.
O Mars One é
um projeto lançado pelo co-fundador da companhia, o holandês Bas
Lansdorp (PDG), que pretende enviar em 2024 a primeira tripulação de
quatro voluntários para colonizar Marte sem retorno à Terra, após uma
viagem de sete meses.
Lansdorp rechaçou as cifras do estudo na revista Popular Science, alegando que se baseou em dados incompletos.
Mais
de 200.000 pessoas de 140 países se apresentaram voluntariamente para
participar do projeto, que gerou muito ceticismo, mas também o apoio de
cientistas como o ganhador do prêmio Nobel de Física em 1999, Gerard't
Hooft.
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