Polêmico e de volta à elite, Joel revela 'covardia' e Vasco dividido



Joel Santana
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O Vasco já garantiu o seu retorno à Série A de 2015, mas o acesso à elite não foi o suficiente para que o técnico Joel Santana evitasse o tom de críticas a diversos fatores no Cruz-Maltino, como uma suposta divisão no elenco e as preleções gravadas por um funcionário do clube, que vazaram na internet em momentos de dificuldade na campanha.
"É um clube difícil de se administrar, porque você tem vários setores. Tem o grupo dos atletas mais antigos, tem o grupo dos estrangeiros, que tem argentino, uruguaio, paraguaio, colombianos... São profissionais, não tenho nada pra reclamar deles. Mas aí tem o grupo dos garotos, que eu protejo", explicou Joel, em entrevista ao canal Fox Sports, aproveitando para desabafar sobre as filmagens do vestiário que foram divulgadas na rede sem a autorização do clube.
"Eu tive que conviver com algumas coisas que eu não engoli. Umas situações ou outras de jogadores chegarem atrasados... Até o jogador te aceitar e te conhecer, demora um tempo. Mas eu estava dentro do problema, dentro da angústia. Foram três meses de angústia política e profissional da equipe. Essas histórias de gravador na preleção complicaram muito a situação", revelou o técnico, aproveitando para dar sua opinião sobre o ocorrido.
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Lance da partida entre do Vasco e Santa Cruz, válida pela 30ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, na Arena Pernambuco, na região metropolitana do Recife, neste sábado.
"Eu não digo que fui traído, eu acho que foi um ato de covardia, porque ele não tinha necessidade de fazer uma coisa como essa, não sei qual foi o interesse dele. Mas que eu vou falar com ele, vou. Sei quem é, o futebol não guarda segredos. É igual batom na cueca, não tem erro", destacou, com um sorriso.
Além da polêmica dentro do Vasco, o treinador também se envolveu em um entrevero judicial com seu ex-clube, o Botafogo. Em outubro, o clube teve a penhora de R$ 1,5 milhão determinada numa ação judicial movida pelo atual comandante vascaíno. "O Botafogo me deve contratos, e fui reclamar por eles. Como todo ser humano faria, senão eles perderiam a validade. E aí o Ministério da Fazenda e a Justiça Federal vieram me cobrar por um dinheiro que eu teria recebido do Botafogo, só que eu não recebi. Como vou pagar por uma coisa que não recebi? Por isso, a ação judicial", explicou.
Questionado sobre o fato de não ter sido campeão da Série B e sobre uma suposta decadência em sua carreira, Joel foi categórico. "Esse negócio de ser campeão é conversa furada. Você acha que o Vasco vai colocar nos murais do clube a inscrição de campeão da Série B, ao lado da Libertadores? Jamais. E as pessoas que falam que eu estou ultrapassado não conhecem nada de futebol. Nesse país, tratam o profissional experiente como ultrapassado. Já ouviu alguém falar que algum repórter, advogado ou um médico top de linha estão ultrapassados?", ironizou.
Com a vaga na elite assegurada, o Vasco ainda cumpre tabela na última rodada diante do Avaí, no sábado, às 16h20 (de Brasília), na Ressacada. Mesmo com o objetivo da temporada conquistado, Joel evita falar sobre a sequência de sua carreira. "O meu futuro a Deus pertence. O Papai Noel já me deu o meu presente, agora é só festa", finalizou.

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