Por que os nobres do passado usavam perucas?
As perucas, que muita gente só lembra que existem no carnaval e em
festas a fantasia, já foram um símbolo de prestígio e elegância. Elas
eram muito famosas em meio à aristocracia europeia nos séculos XVI e
XVII. Por que será? Vamos começar do início:
Elas surgiram no Egito Antigo e eram utilizadas por todas as classes
sociais para proteger as cabeças do frio ou do sol. Homens e mulheres
usavam o adereço, feito, geralmente, a partir de crina de cavalo e bode
(!) e plantas. Elas também faziam sucesso entre as mulheres romanas e
gregas morenas, desejavam ser loiras.
No século XVI, as perucas ganharam prestígio e se tornaram um
indicador de estilo masculino. Luís XIV (1638-1715), rei da França,
levou a moda para as classes mais altas: com a chegada da calvície, aos
32 anos, adotou o acessório para esconder a falta de cabelos. Como o rei
ditava o bom gosto na época, em pouco tempo a nobreza decidiu copiá-lo.
Olha como ele era gato:
O rei Carlos II (1630-1685), da Inglaterra, sempre gostou das
perucas, preferindo as pretas e marrons. É dito que o rei Luis XV
(1710-1774) tinha um time de 40 peruqueiros. Em sua época, as perucas
ganharam uma fita de seda na altura da nuca. O rei Luis XVI (1754-1793),
esse aí de baixo, e a rainha Maria Antonieta (1755-1793) usavam perucas
com até 80 centímetros de altura.
As perucas caíram em desuso com a Revolução Francesa, em 1789. Como
elas eram um grande símbolo da nobreza e do que ela representava,
acabaram se tornando bem impopulares. Elas ainda são utilizadas nos
tribunais criminais da Inglaterra e uma peruca pode custar mais de R$ 7
mil. Dizem que vale cada centavo.
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