Real Madrid vence San Lorenzo e fatura o Mundial

 

Estadão Conteúdo
Real Madrid’s Gareth Bale celebrates with teammates scoring his side's 2nd goal during the final soccer match between Real Madrid and San Lorenzo at the Club World Cup soccer tournament in Marrakech, Morocco, Saturday, Dec. 20, 2014. (AP Photo/Christophe Ena)
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O Real Madrid esteve longe de ser brilhante, não repetiu as grandes atuações de boa parte do ano de 2014 e não atropelou como muitos esperavam. Mesmo assim, diante da enorme diferença técnica em relação ao San Lorenzo, sagrou-se campeão mundial com certa facilidade. Neste sábado, em Marrakesh, os comandados de Carlo Ancelotti fizeram o suficiente para vencer os argentinos por 2 a 0 e conquistar o torneio.
O campeão europeu levantou o troféu do Mundial pela quarta vez, sendo esta a primeira com chancela da Fifa - as outras, em 1960, 1998 e 2002, foram na chamada Copa Intercontinental. Já o San Lorenzo perdeu a chance de levantar o torneio pela primeira vez, mas deixa o Marrocos com a certeza de que fez um bom jogo contra o Real e evitou a goleada que todos esperavam.
O Real Madrid, de quebra, alcançou sua 22.ª vitória consecutiva, se aproximando do recorde de 24 do Coritiba, estabelecido em 2011. O novo troféu confirmou o grande momento vivido pelo clube, líder do Campeonato Espanhol e classificado para as oitavas de final da Liga dos Campeões com a primeira colocação de seu grupo.
Mas o futebol apresentado neste sábado em nada lembrou os espetáculos protagonizados por Cristiano Ronaldo, Bale, James Rodríguez e companhia. Muito aplicado na marcação, o San Lorenzo reduziu os espaços do Real, que sofreu para criar. Os gols, marcados por Sergio Ramos e Gareth Bale, surgiram em duas das poucas falhas dos argentinos. O primeiro, em erro de posicionamento da defesa após cobrança de escanteio. O segundo, em infelicidade do goleiro Torrico, que engoliu um frango.
O JOGO 
O Real começou com tudo e quase abriu o placar antes mesmo do primeiro minuto, quando Mercier errou, Kroos recuperou e tocou para Cristiano Ronaldo, que bateu cruzado. Benzema chegou atrasado e não conseguiu tocar para a rede. O time espanhol seguiu pressionando e teve outros bons momentos em chutes de longe, mas logo o ritmo da partida mudou.
O San Lorenzo marcava em cima, duro, e com a conhecida catimba argentina conseguiu deixar o confronto morno. Foram dois cartões amarelos para o time sul-americano nos primeiros 15 minutos, mas o objetivo foi alcançado: os jogadores do Real ficaram nervosos e logo passaram a querer devolver as faltas duras.
Não por coincidência, os madrilenhos logo acumularam dois amarelos também. A passividade com que o árbitro guatemalteco Walter Lopez aceitava o jogo do San Lorenzo ajudou e a partida até se tornou equilibrada. O Real tocava de lado, em busca de um espaço, e, quando conseguia, era parado com falta. Do outro lado, os argentinos apostavam em contra-ataques esporádicos.
O San Lorenzo fazia um jogo praticamente perfeito taticamente, sem erros, até os 35 minutos, quando Cauteruccio errou passe no meio de campo e permitiu contra-ataque, em que Bale finalizou mal. Mas Torrico cedeu escanteio, e aí foi fatal. Kroos cobrou no centro da área, o goleiro argentino não saiu, a zaga parou e Sergio Ramos cabeceou firme para abrir o placar.
O Real voltou para o segundo tempo disposto a resolver a partida e foi para cima. Depois de criar boas situações com Cristiano Ronaldo, ampliou aos cinco minutos. Isco recebeu na intermediária e deu ótima enfiada para Bale, que bateu fraco, em cima de Torrico. O goleiro argentino foi muito mal para a bola, que passou por baixo do seu corpo e morreu na rede.
A desvantagem finalmente fez o San Lorenzo tentar algo diferente e a equipe foi levar perigo pela primeira vez aos oito, quando Kalinski arriscou de fora da área por cima. Aos 20, Mas tentou cruzado após passar bem por Carvajal, mas parou em Casillas. Do outro lado, o Real se mostrava confortável e só tentava o terceiro gol nos contra-ataques, mas errava no último passe.
O passar do tempo fez o San Lorenzo voltar a se fechar, satisfeito por não estar sendo goleado. O Real também estava tranquilo com a vitória e tocava a bola de lado. Com isso, os últimos minutos aconteceram em ritmo de treino. Os chutes de longe de Kalinski, Mercier e Buffarini ainda assustaram Casillas, mas parou por aí. O título já estava nas mãos dos espanhóis.

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