Real Madrid vence San Lorenzo e fatura o Mundial
O Real Madrid esteve longe de ser brilhante, não repetiu as
grandes atuações de boa parte do ano de 2014 e não atropelou como muitos
esperavam. Mesmo assim, diante da enorme diferença técnica em relação
ao San Lorenzo, sagrou-se campeão mundial com certa facilidade. Neste
sábado, em Marrakesh, os comandados de Carlo Ancelotti fizeram o
suficiente para vencer os argentinos por 2 a 0 e conquistar o torneio.
O campeão europeu levantou o troféu do Mundial pela
quarta vez, sendo esta a primeira com chancela da Fifa - as outras, em
1960, 1998 e 2002, foram na chamada Copa Intercontinental. Já o San
Lorenzo perdeu a chance de levantar o torneio pela primeira vez, mas
deixa o Marrocos com a certeza de que fez um bom jogo contra o Real e
evitou a goleada que todos esperavam.
O Real Madrid, de quebra,
alcançou sua 22.ª vitória consecutiva, se aproximando do recorde de 24
do Coritiba, estabelecido em 2011. O novo troféu confirmou o grande
momento vivido pelo clube, líder do Campeonato Espanhol e classificado
para as oitavas de final da Liga dos Campeões com a primeira colocação
de seu grupo.
Mas o futebol apresentado neste sábado em nada lembrou os espetáculos protagonizados por Cristiano Ronaldo,
Bale, James Rodríguez e companhia. Muito aplicado na marcação, o San
Lorenzo reduziu os espaços do Real, que sofreu para criar. Os gols,
marcados por Sergio Ramos
e Gareth Bale, surgiram em duas das poucas falhas dos argentinos. O
primeiro, em erro de posicionamento da defesa após cobrança de
escanteio. O segundo, em infelicidade do goleiro Torrico, que engoliu um
frango.
O JOGO
O Real começou com tudo e
quase abriu o placar antes mesmo do primeiro minuto, quando Mercier
errou, Kroos recuperou e tocou para Cristiano Ronaldo, que bateu
cruzado. Benzema chegou atrasado e não conseguiu tocar para a rede. O
time espanhol seguiu pressionando e teve outros bons momentos em chutes
de longe, mas logo o ritmo da partida mudou.
O San Lorenzo marcava
em cima, duro, e com a conhecida catimba argentina conseguiu deixar o
confronto morno. Foram dois cartões amarelos para o time sul-americano
nos primeiros 15 minutos, mas o objetivo foi alcançado: os jogadores do
Real ficaram nervosos e logo passaram a querer devolver as faltas duras.
Não
por coincidência, os madrilenhos logo acumularam dois amarelos também. A
passividade com que o árbitro guatemalteco Walter Lopez aceitava o jogo
do San Lorenzo ajudou e a partida até se tornou equilibrada. O Real
tocava de lado, em busca de um espaço, e, quando conseguia, era parado
com falta. Do outro lado, os argentinos apostavam em contra-ataques
esporádicos.
O San Lorenzo fazia um jogo praticamente perfeito
taticamente, sem erros, até os 35 minutos, quando Cauteruccio errou
passe no meio de campo e permitiu contra-ataque, em que Bale finalizou
mal. Mas Torrico cedeu escanteio, e aí foi fatal. Kroos cobrou no centro
da área, o goleiro argentino não saiu, a zaga parou e Sergio Ramos
cabeceou firme para abrir o placar.
O
Real voltou para o segundo tempo disposto a resolver a partida e foi
para cima. Depois de criar boas situações com Cristiano Ronaldo, ampliou
aos cinco minutos. Isco recebeu na intermediária e deu ótima enfiada
para Bale, que bateu fraco, em cima de Torrico. O goleiro argentino foi
muito mal para a bola, que passou por baixo do seu corpo e morreu na
rede.
A desvantagem finalmente
fez o San Lorenzo tentar algo diferente e a equipe foi levar perigo
pela primeira vez aos oito, quando Kalinski arriscou de fora da área por
cima. Aos 20, Mas tentou cruzado após passar bem por Carvajal, mas
parou em Casillas. Do outro lado, o Real se mostrava confortável e só
tentava o terceiro gol nos contra-ataques, mas errava no último passe.
O
passar do tempo fez o San Lorenzo voltar a se fechar, satisfeito por
não estar sendo goleado. O Real também estava tranquilo com a vitória e
tocava a bola de lado. Com isso, os últimos minutos aconteceram em ritmo
de treino. Os chutes de longe de Kalinski, Mercier e Buffarini ainda
assustaram Casillas, mas parou por aí. O título já estava nas mãos dos
espanhóis.
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