Como se forma o cocô?

 

 
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O almoço de hoje vai ser o cocô de daqui a dois ou três dias. Da boca ao fiofó, a comida fica até 72 horas no nosso corpo, passando por duas transformações básicas. A primeira é mecânica: dentes na boca e músculos no estômago vão triturando os pedaços de alimentos até os deixar superpequenos. Só para dar uma idéia, o tamanho dos micropedaços de comida que saem do estômago têm o diâmetro de um fio de cabelo. A outra transformação é química: órgãos como o estômago, o fígado e o pâncreas lançam substâncias para digerir os açúcares, gorduras e proteínas que compõem os alimentos. Depois dessa quebra, o intestino consegue absorver os nutrientes necessários para o nosso metabolismo, jogando tudo o que interessa para o organismo na corrente sanguínea. O que sobra dessa farra digestiva vai formar a fedorenta substância semi-sólida que a gente carimba na porcelana. Se examinarmos um pedacinho de cocô debaixo de um microscópio, vamos encontrar bactérias da flora intestinal, água e substâncias que o organismo não consegue absorver, como as fibras vegetais. Justamente por não serem digeridas, as fibras têm uma importante função na formação das fezes. "Elas fazem os dejetos passar mais rápido pelo sistema digestivo, perdendo menos água na absorção intestinal. Quem tem dieta pobre em fibras está mais sujeito a sofrer de constipação, o cocô duro", afirma a gastroenterologista Luciana Camacho-Lobato, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para não ter problemas no trono, o ideal é consumir entre 25 e 35 gramas de fibras por dia. Você pode conseguir essa quantidade se comer, por exemplo, meia xícara de cereal matinal rico em fibras, cinco tomates e mais seis cenouras cozidas ao longo do dia.

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